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Precisamos falar sobre ponto de vista
Nós perdemos muito tempo e muitas oportunidades pensando no
que os outros vão pensar ou dizer. Mentimos para nós mesmos, mascaramos nossas
dores, fazemos coisas que não gostamos de fazer, usamos roupas que detestamos,
deixamos de ir a lugares que amamos, paramos de falar com pessoas que gostamos
e deixamos de lado quem realmente somos apenas por nos preocuparmos em excesso
com a opinião das outras pessoas.
Eu tenho aprendido uma coisa interessante sobre a vida: as pessoas sempre acharão defeito em algo de bom que eu fizer e farão com que os meus erros pareçam ainda maiores quando eu os cometer. Parece terrível, não é mesmo? Mas é a realidade. E sendo humana, admito que também peco assim contra os meus semelhantes. Nós tendemos sempre a ver o pior de todas as situações e o lado ruim de todo e qualquer ser humano, mas não é assim que Jesus age.
Há situações em que eu sou bizarra de tal forma que Ele
precisa me sacudir para eu poder perceber que estou sendo tão surreal quanto o
meu medo do que fulano vai pensar sobre mim. Inúmeras vezes eu deixei de usar
algo, que era permitido pela igreja onde escolhi congregar, por medo do que as
pessoas iriam dizer. Já deixei de ir a lugares, de expressar opiniões e vontades
por receio de incomodar.
Nós estamos muito focados na opinião de seres humanos, que
são tão propensos a errar quanto nós. Vivemos em função de uma busca incansável
por aprovação. Responda-me: quem é o homem para aprovar outro homem? Quem é o
homem para ditar o valor de outro? Talvez você possa me dizer que homens bons
estão no direito de julgar homens maus, que “velhos
na fé” podem julgar os “novos na fé” ou que pessoas bonitas
estão no direito de fazer julgamentos sobre as pessoas feias.
Agora eu te pergunto, baseados em quê? Nossos conceitos de justiça, bondade e beleza são mais relevantes que os conceitos de Deus?Quando foi que assumimos uma posição tão elevada?
A resposta é simples: não assumimos. A humanidade está caminhando,
cega, por um caminho de achismos e valores deturpados. Não há ser humano que
tenha poder para definir o valor real de outro ser humano. Não importa se os
nossos defeitos são tão variados que não consigamos escondê-los, há uma
perspectiva de Jesus sobre nós que contraria a perspectiva das outras pessoas.
Certa vez, um discípulo chamado Ananias, recebeu a missão de orar por Saulo de
Tarso, e, para quem conhecia a fama de Saulo, aquela não lhe parecia uma missão
agradável. Saulo era um homem que perseguia os cristãos, um homem mau e era só
nisso que Ananias conseguia pensar, mas o que Jesus via era completamente
diferente. Jesus via Paulo. Jesus tinha fé na transformação e no crescimento
dele. (Atos 9)
Eu posso ouvir a voz de Jesus me dizendo, hoje, que ele
acredita no meu crescimento. Posso vê-lo sorrir com a minha determinação em
amá-lo custe o que custar. Ele quer que nós desliguemos as vozes que apontam o
pior de nós e nos foquemos em ouvi-lo corrigir nossos erros, com base na
soberania Dele, para nos guiar por um caminho reto. Ele é o nosso maior incentivador. É a visão dele que importa.
Todos nós temos ângulos, interpretações e visões diferentes, mas seria ignorância da nossa parte basear as nossas vidas nisso. Nossa visão é limitada. Nosso conhecimento
é ínfimo comparado ao do Deus que tudo vê. O meu ponto de vista não importa, o
seu também não e o das outras pessoas muito menos. O que importa é o que ele pensa,
sabe e o que ele quer fazer. Deus não criou o homem para que, no fim, ele se submeta aos julgamentos, teorias e opiniões de outro homem. Precisamos nos libertar disso. Há uma vida de perdão, renascimento, restauração, novidade e liberdade em Jesus, para nós. Mas para isso precisamos nos interessar pela opinião Dele e descansar no amor que só Ele é capaz de sentir por nós.
Com amor, Beatriz.
3 comentários
Ameiiiii,
ResponderExcluirQue texto incrível! Fico perplexa de como o blog melhora a cada dia seja em design e no amadurecimento do texto! Mais que demais!
ResponderExcluirSua linda! Sua opinião vale muito para mim e a sua contribuição também! Obrigada!
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