Zona de conforto

by - fevereiro 11, 2017


Desculpa. Não tive tempo de me despedir. Num dia eu estava lá e no outro não. Pensando bem, nada de desculpas. Sair da zona de conforto foi a melhor coisa que eu fiz em toda a minha vida. Foi como despertar de um sonho, como abrir os olhos para uma realidade que transforma, que modifica. Eu pus meus pés no chão com a ajuda de Jesus. Eu li sobre tudo o que Ele fez, sobre tudo o que Ele é, e entendi que o que Ele esperava de mim era que eu simplesmente aprendesse a viver. Viver uma vida de verdade. Onde as expectativas são altas e o frio na barriga é intenso. Onde a fé é  quase palpável para aqueles que não tem medo de buraco escuro, onde o céu é realidade diária de quem já viu Jesus sorrir.

Eu demorei, sabe? Mas eu entendi que Ele não é obrigado a me mimar, que há coisas que eu nunca vou alcançar e outras que Ele vai me  entregar no momento dele. Eu dei de cara com a misericórdia infinita de um Deus que surpreende quem, em outro tempo, não mereceria nem viver. Eu fui arrancada do meu lugar de descanso pra perceber que servir é melhor que ser servida. Eu precisei ser abandonada por alguns pra simpatizar com os abandonados. Eu caí do cavalo, mas foi uma queda do bem. Por mais que eu nunca tenha pisado em cima de ninguém, foi descendo que eu me achei. Foi aí que eu entendi o significado de perder a minha vida pra salvá-la. Jesus nos faz um convite incrível, Ele nos chama pra andar ao lado dele, renunciando os desejos da carne pra vê-la morrer aos poucos, todos os dias. Na zona de conforto não tem isso. Conforto é tudo o que a carne quer e a carne é a maior opositora do Espírito. Não dá pra satisfazer os dois, não existe uma vida de meio termo aí. Então se eu quiser que o Espírito continue prevalecendo, eu preciso andar cada vez mais pra longe da zona de conforto. Porque a zona de conforto me cega e me transforma num monstro morno prestes a ser vomitado da boca do meu Deus.

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