Eu estou jogando as pedras fora
Esse texto será breve.
Não gosto muito de forçar textos e, para ser sincera, não tenho nenhum pronto. Acho que minha mente reveza entre estar disponível para compor canções e estar disponível para escrever textos. Ultimamente tenho escrito canções que me levam a pensar sobre o quão longe estou de fazer a vontade de Jesus. Em Atos dos Apóstolos, lemos sobre um grupo de pessoas cheias de amor e do Espírito Santo de Deus. Se a história da nossa geração fosse interrompida aqui e surgisse um novo povo para ler os nosso atos, sabe o que eles encontrariam em nossas mãos?
Pedras.
Muitas pedras em nossas mãos.
Pedras aos montes.
Parece até que não temos todos aqueles exemplos, na Bíblia, mostrando-nos o quanto é ruim estarmos ligados à arrogância, intolerância e julgamentos.
Eu não vou ficar dizendo o que devemos e o que não devemos fazer ou dizer. Quero apenas fazer um pedido: vamos nos colocar no lugar dos outros. Vamos lembrar de quantas vezes caímos e Jesus nos levantou sem nos expor. O evangelho é sobre colocar-se no lugar do outro. Ele se colocou no nosso lugar para sofrer aquilo que estava destinado a nós. E, agora, queremos de todas as maneiras mandar o nosso próximo para a cruz e o sofrimento. E por que? Por que o pecado dele é diferente do nosso?
Hum. Grande coisa, né não?
Quer saber?
Eu estou jogando as pedras fora.
Estou jogando as minhas pedras fora.
Eu não tenho vocação alguma para ser apedrejadora. Minha mira é ruim. Ninguém verá Jesus em mim se as minhas mãos estiverem lotadas de pedras. Fogo, glória, morte, renúncia e amor. É disso que a Igreja precisa. Que não passe dessa geração...
Quem pode julgar está escrevendo na areia, esperando o momento em que abriremos os olhos e enxergaremos a nós mesmos e a beleza da graça. Eu quero ler o poema que Ele está escrevendo e você?
Se eu apostasse, poderia apostar que é sobre ladrões no Paraíso e prostitutas resgatadas.
Com amor, B.
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